Prisões no Marketing Multinível no Brasil

Prisões no Marketing Multinível no Brasil

A Operação Patrik cumpriu, até o início desta tarde, 11 dos 13 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de crimes financeiros por meio do uso da moeda digital Kriptacoin. De acordo com os investigadores, alguns dos acusados já foram investigados pela polícia por crimes como estelionato, associação criminosa e, até mesmo, tráfico de drogas. Estimativas iniciais apontam uma movimentação de R$ 250 milhões obtidos a partir de golpes aplicados contra cerca de 40 mil pessoas.

 

De acordo com o procurador do MPDFT, Paulo Roberto Binicheski, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon), o que o advogado chama de “marketing multinível” é, na verdade, uma pirâmide financeira "porque há necessidade de trazer outras pessoas para obter lucro". “A principal diferença entre pirâmide financeira e marketing multinível é que, na primeira, não existe a venda de um produto real que sustente o negócio, ou seja, a comercialização de produtos ou serviços tem pouca importância para a sua manutenção", disse. O procurador explica que toda pirâmide no início dá um pouco de rentabilidade para alguns, deixando-os esperançosos a ponto de reinvestir o que acabaram de ganhar. Seguindo essa estratégia, e na busca por ganhar a confiança das vítimas, em um primeiro momento os golpistas permitiram saques diários de até R$600. “Depois os saques passaram a ser permitidos apenas semanalmente, mas depois, disseram ter havido ataques cibernéticos contra o sistema, como forma de justificar a suspensão dos saques”. Quando as vítimas começaram a suspeitar e a reclamar, foram acusadas de já estarem sob investigação por suspeitas de envolvimento com fraudes. “Quando alguma pessoa reclamasse das condutas suspeitas, eles [os golpistas] bloqueavam essa pessoa do grupo de Whatsapp, sob a justificativa de que eles [as vítimas que já demonstravam desconfiança] estavam sendo investigadas, suspeitas de fraudes”, disse Binicheski.

Rendimento de 1% ao dia

Segundo a investigação, os próprios operadores da moeda eram os que davam diariamente as cotações. "Prometiam renda desde que, inicialmente, o investidor deixasse o dinheiro um ano aplicado. Prometiam renda de 1% ao dia e ainda mais renda se cada um dos investidores trouxessem novos investidores, o que flagrantemente caracteriza uma pirâmide”, acrescentou o procurador em entrevista coletiva na Polícia Civil do Distrito Federal. Binicheski disse que as suspeitas ficaram reforçadas ao constatarem que alguns dos envolvidos possuíam várias identidades, todas feitas no estado de Goiás. “Foi aí que tivemos a plena certeza de que havia um golpe em curso”, disse o procurador. Os investigadores dizem ter encontrado indícios de que os golpistas planejavam anunciar, no futuro, uma “maxidesvalorização” da moeda. “As pessoas então iam ficar zeradas em seus créditos”, disse o procurador. A promotoria recomenda que as vítimas desse golpe busquem seus direitos contratando um advogado. “A promotoria não vai trabalhar para fazer ressarcimento dessas pessoas. Quem investiu vai ter de procurar advogado e entrar na Justiça para processar essas pessoas. Ao final do processo criminal, esse dinheiro vai servir para essas questões”.

 

QUER FAZER PARTE DE UM MARKETING MULTINÍVEL TRADICIONAL SEM PROBLEMAS COM A JUSTIÇA?

Tenha a oportunidade de ser o primeiro em sua cidade, baixo investimento e ótimos produtos! Clique aqui que entraremos em contatodas

 

 

marketing Multinivel